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Parque da Juventude: de um ambiente carregado de lembranças ruins a um espaço comunitário

  • Foto do escritor: Sara Nayara
    Sara Nayara
  • 17 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura

Atualizado: 3 de dez. de 2018

Após a demolição da Casa de Detenção, o Carandiru abriga atualmente um local agradável para pessoas de todas as classes sociais

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Foto: Peter Louiz

Quem vê o Parque da Juventude e a Biblioteca de São Paulo, um ambiente com espaço para lazer, cultura, esportes e ensino, nem sempre imagina que esse mesmo local antes era uma referência de exclusão social. O Carandiru marcou um dos maiores massacres de detentos da história mundial. “Eu sobrevivi, eu vi a história, eu pisei em sangue que dava quase na canela e isso não é exagero, não! Ouvi gritos que até hoje ecoam na minha mente”, diz Jacy em reportagem do Jornal Globo.


Em 2002 os pavilhões do presídio foram demolidos, a transformação do espaço ocorreu em três etapas. Em 2003, a área esportiva, com quadras e pista de skate; em 2004 a área central, com pistas, bosques e 16 mil metros de Mata Atlântica e a área institucional que inclui duas Etecs (Escolas Técnicas Estaduais) e a Biblioteca de São Paulo em 2007. O local fica na zona norte de São Paulo, no bairro de Santana.


Após a demolição dos pavilhões, em 2002, iniciou o processo composto por projetos de inclusão social, cultura, educação e esportes. Com o intuito de transformar a região em todos os âmbitos, o Parque da Juventude aliviou o clima de insegurança e valorizou a região investindo em lazer, meio ambiente, ensino e cultura. Assim, chamou atenção de empreendedores e comerciantes, além de novos moradores.


“Com a mudança do Carandiru, muitas atividades chegaram a comunidade, ganhamos áreas esportivas, um espaço verde muito grande e um ambiente mais agradável. O parque tem muitas aulas, oficinas e lutas, eu já pude participar de várias, e não precisei pagar”, conta Geovanna Souza, moradora da região há 13 anos.


BIBLIOTECA


Para Diego Silva, funcionário da Biblioteca de São Paulo há dois anos, o espaço é de extrema importância para ressocialização e acesso á informação, sem distinção alguma. “O público é muito variado, a biblioteca recebe famílias, estudantes, durante a semana albergados frequentam o local e têm acesso a uma grande diversidade de atividades, existe também um espaço “Mais 60”, destinado ao público da terceira idade, e todo o térreo com um espaço infantil, para crianças de 6 meses a 11 anos.”


A biblioteca oferece vários eventos e projetos. Mensalmente são realizadas algumas atividades como: Pintando o set (recreação e artes plásticas para crianças), oficinas de computador e smartphones para a terceira idade, luau, sarau e eventos literários abertos ao público. Toda programação é disponibilizada na própria biblioteca e pelo site: http://bsp.org.br.

 
 
 

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